Os cientistas já identificaram dezenas de espécies de formigas urbanas. O problema é que esses insetos podem comprometer a beleza de jardins e até propagar infecções hospitalares.
Você tinha noção disso? Siga conosco para entender as características da praga, quais são as variedades mais comuns nas cidades e como prevenir uma infestação.
Principais comportamentos das formigas urbanas
Existem milhares de espécies de formigas na natureza, cada qual com suas características. Algumas disputam território entre si, enquanto outras convivem harmoniosamente. Tem aquelas que voam para se acasalar, as que atacam com ferrão e as que adoram doces.
Naturalmente, é de se esperar que nem todas elas se adaptem ao ambiente urbano. Para viver na cidade, o inseto deve apresentar alguns comportamentos específicos. A lista inclui:
Associação com o homem
Essas formigas preferem áreas modificadas pela atividade humana. É que, nesses locais, a competição interespécies é menor e há abundância de alimento.
Migração
Nas zonas urbanas, as colônias costumam mudar de local com frequência.
Poliginia
Há presença de várias rainhas num mesmo ninho, sem rivalidade entre elas. A quantidade de chefonas pode passar de 200 numa única colônia!
Essas informações foram retiradas do livro Formigas em ambientes urbanos no Brasil, uma compilação assinada por dezenas de pesquisadores. A obra reúne dados obtidos em mais de 20 anos de estudos, tornando-se uma das referências mais completas sobre o assunto.
A partir desse material, fica fácil entender por que algumas espécies de formigas urbanas se tornam pragas. Elas se dispersam com facilidade e podem, rapidamente, constituir um novo lar.
Sendo assim, um ataque de inseticida não é suficiente para acabar com a infestação. As criaturas vão apenas fugir do spray, espalhando-se em várias direções e dando origem a diversas colônias.
Quais são as espécies mais comuns de formigas urbanas?
O mesmo livro citado anteriormente lista os tipos mais comuns de formigas urbanas. Podemos citar as cortadeiras, as sararás e as faraó. Veja mais sobre elas:
Formiga-cortadeira
As formigas do gênero Acromyrmex também são conhecidas como quenquém. Elas se assemelham às saúvas, do gênero Atta. Têm o apelido de cortadeira porque picotam as folhas das plantas e as carregam para os ninhos.

Aliás, elas fazem formigueiros profundos, que podem se estender por vários metros no subsolo. São encontradas nos canteiros centrais das avenidas, nos parques e nos quintais das casas.
Formigas-cortadeiras não comem folhas
Ao contrário do que muita gente pensa, a formiga quenquém não come os vegetais. Na verdade, ela leva as folhas e os ramos para dentro do ninho. O material ajuda a desenvolver uma colônia de fungos – e esses, sim, são o alimento.
Insetos desse tipo atacam as plantas cultivadas, sejam ornamentais ou comestíveis. Por isso, tornam-se um perigo para jardins e hortas.
Formiga saúva pode prejudicar lavouras
Assim com as quenquéns, as saúvas têm hábito de cortadeira. Elas são uma ameaça especialmente em áreas rurais, onde podem atingir florestas inteiras de eucaliptos, pinus e acácias, prejudicando a indústria madeireira.
Entre os alvos possíveis, estão ainda as árvores frutíferas e as lavouras de soja, um dos principais itens de exportação do país. De acordo com pesquisadores da Universidade Federal de Pelotas, o Rio Grande do Sul registra pelo menos dez espécies de cortadeiras – principalmente na metade oeste, onde estão as plantações.
Formiga Sarará
Traguá, sararau, sarassará, formiga-de-cupim ou formiga carpinteira. Esses são outros apelidos possíveis para o gênero Camponotus.

É um bicho relativamente grande. Um exemplar pode medir até 17 milímetros, apresentando uma coloração entre o amarelo e o preto. Além disso, a colônia tem machos alados que realizam o voo nupcial para se acasalar. (Sim, são formigas voadoras!)
Verdadeiras carpinteiras
Esses insetos se instalam em cupinzeiros abandonados, mas também podem invadir estruturas danificadas de madeira. Se tem uma frestinha na porta de casa, no assoalho ou na lareira, preste atenção para evitar infestações!
Só que as sararás não comem madeira. Com mandíbulas afiadas, elas abrem túneis nos lugares onde há mais umidade, para chegar até o alimento de fato (a umidade torna a madeira mole e fácil de quebrar).
Algumas espécies podem atacar produtos armazenados na despensa. Outras preferem comer insetos, inclusive cupins. Isso gera uma relação desarmônica entre os bichos. Aliás, desarmônica e destrutiva, como já explicamos num artigo deste blog.
Saiba mais: Formigas comem cupins e também atacam a madeira
Formiga-faraó
A também chamada formiga-do-açúcar é minúscula e quase transparente. Tamanha discrição pode fazer com que os ninhos passem despercebidos. Ainda assim, eles seguem lá: sob o pavimento, dentro de móveis, nas frestas da parede, no lixo e até nas tubulações.

Chamam-se formigas-do-açúcar, mas não comem só doces!
Acredita-se que a Monomorium pharaonis tenha se adaptado às cidades devido à onivoria, a capacidade de comer de tudo. A dieta inclui mel, frutas, alimentos gordurosos, insetos mortos, tecidos, borracha…
O tamanho diminuto também facilita a colonização de ambientes internos, como hospitais. Aí está o grande transtorno.
Formigas podem carregar fungos e bactérias nas patas. Na medida em que elas se locomovem de um lado para o outro, vão espalhando esses microrganismos em ambientes que deveriam permanecer higienizados e assépticos.
Resultado: a praga pode desencadear contaminações que culminam em infecções hospitalares.
Saiba mais: Principais doenças transmitidas por formigas
Inseticida não funciona contra formigas urbanas
Formigas urbanas são ligeiras e podem se esconder em qualquer canto. Elas fazem ninho atrás de azulejos, dentro do batente da porta, sob o piso e inclusive no interior de eletrodomésticos. Qualquer lugar abrigado dos predadores serve para a instalação da colônia, que atinge proporções enormes.
Despensas e cozinhas são as áreas mais infestadas. A razão para isso está na abundância de comida, como pães, carnes e biscoitos. Até mesmo a água acumulada na pia ajuda a saciar a sede desses bichos, sendo um atrativo a mais para eles.
Mas nem tente recorrer aos inseticidas vendidos em supermercados. Esses produtos só afugentam os bichos. É que os artrópodes são sensíveis a odores e, inclusive, se comunicam por esse sentido.
Ao notar ameaças, a formiga libera o feromônio de alarme no ar, mantendo as companheiras afastadas. Quando a barra está limpa, ela larga o feromônio de recrutamento no solo, criando uma trilha até o alimento. É por essa razão que, quando uma delas encontra um pote de açúcar, surgem outras dezenas na sequência.
Borrifar veneno em spray sobre as miúdas cria outra situação problemática. Como mecanismo de defesa, a colônia se fragmenta, então o que era um único foco de infestação pode se transformar em vários formigueiros pela casa. Solução nada inteligente, hein?
Saiba mais: Soluções para eliminar formigas
Dedetização é arma contra formigas urbanas
Se a infestação persistir, invista na desinsetização profissional. A imunização com aplicação em gel é o método mais eficiente para acabar com o problema.

Esse produto gruda nas patas das formigas, que acabam levando o inseticida para dentro do formigueiro. Depois, acontece um efeito cascata até que todos as criaturas sejam atingidas.
Temos um artigo explicando direitinho como funciona a dedetização de formiga. Confira no link ao lado! Mas preste atenção, pois apenas empresas licenciadas podem realizar esse procedimento com segurança.
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