Se você tem bichos de estimação, provavelmente já ouviu falar sobre os perigos da toxoplasmose em gatos. É que o parasita transmissor da doença se hospeda no organismo dos felinos, tornando-se uma ameaça tanto aos animais quanto aos humanos. Porém, medidas simples ajudam a prevenir o problema.
O que é toxoplasmose?
A toxoplasmose é uma infecção causada pelo protozoário Toxoplasma gondii. Esse microrganismo está presente na natureza e é contraído por via oral.
As principais formas de contágio são por ingestão de água contaminada, carne mal passada ou vegetais que não foram higienizados adequadamente. Os pets também podem contrair o parasita ao abocanhar bichos como ratos e pombos.
Transmissão da toxoplasmose
O parasita transmissor da toxoplasmose afeta principalmente os gatos, mas também humanos. E o pior é que o Rio Grande do Sul é região endêmica da doença.
Em 2015, um surto atingiu pelo menos 154 moradores de São Marcos, município da Serra Gaúcha. Em 2018, foi a vez de Santa Maria, na Região Central, registrar mais de 900 casos. Já Erechim, no Norte do Estado, concentra a maior incidência mundial de problemas de visão decorrentes da enfermidade.
Em geral, a toxoplasmose é assintomática. Porém, quando a imunidade do hospedeiro está baixa, o parasita pode espalhar-se por órgãos como cérebro, coração, pulmões e fígado, causando diversos problemas.
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Sintomas da toxoplasmose em gatos
A toxoplasmose felina não costuma apresentar sinais. Quando há sintomas, eles são inespecíficos: febre, perda de apetite e apatia, como ocorre em diversas outras doenças.
As manifestações também variam de acordo com a localização do parasita. Se o protozoário atinge o fígado do bichano, pode causar icterícia (mucosas amareladas). Nos olhos, pode levar à cegueira. Convulsões, por sua vez, indicam que a toxoplasmose talvez tenha comprometido o sistema nervoso.
Portanto, se o felino apresentar qualquer comportamento fora do comum, não perca tempo: procure ajuda de um veterinário.
Sintomas da toxoplasmose em humanos
Quem tem gato em casa corre mais risco de contrair toxoplasmose. Isso porque os bichanos que carregam o Toxoplasma gondii nos intestinos eliminam-no nas fezes.
Por isso, ao limpar a caixinha de areia, use luvas. E não se esqueça de lavar as mãos logo depois!
A doença também apresenta sintomas variados nos humanos. Eles vão depender do local em que o protozoário se alojou. Pode haver, por exemplo:
- Dor de cabeça ou na garganta;
- Confusão mental;
- Convulsões;
- Problemas de audição ou visão;
- Gânglios ou manchas pelo corpo;
- Aumento do fígado e do baço;
- Complicações cardíacas e pulmonares.
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Qual é o tratamento para a toxoplasmose?
O diagnóstico da toxoplasmose, em gatos ou em humanos, é feito a partir de exames de sangue. Eles atestam os níveis de anticorpos contra o Toxoplasma Gondii.
Havendo resultado positivo, o tratamento vai depender do estado geral de saúde do paciente. Por exemplo, felinos geralmente necessitam de medicamentos específicos para combater o protozoário.
Os humanos, na maioria das vezes, precisam tratar apenas os sintomas. Isso porque a toxoplasmose evolui sem sequelas entre as pessoas com boa imunidade.
Por outro lado, se a saúde do indivíduo estiver comprometida, então é preciso procurar acompanhamento médico especializado. Esse alerta também vale para os públicos mais vulneráveis: gestantes, recém-nascidos e imunossuprimidos em geral.
Não abandone os animais
Vale lembrar que gatos não são vilões por transmitirem toxoplasmose. Na verdade, eles são tão vítimas quanto os humanos, pois se infectam ao caçar outros bichos ou consumir água contaminada.
A mera proximidade com os felinos não é capaz de causar a doença. A transmissão ocorre, isto sim, no contato com fezes carregadas de oocistos (a forma infectante do protozoário). Desse modo, basta tomar cuidados básicos de higiene para evitar a proliferação da doença.
O abandono de animais, além de cruel, põe em risco outras pessoas. Afinal, os gatos passam a procriar e a defecar na rua, espalhando fezes contaminadas por todo canto. Isso eleva o risco de surtos de toxoplasmose.
Como evitar o contágio por toxoplasmose
Cuidados simples protegem a saúde da família. O primeiro deles é utilizar luvas para limpar a caixa de areia do pet. Deve-se evitar, principalmente, que crianças entrem em contato com os dejetos.
Também é preciso lavar e cozinhar bem os alimentos. Essa medida serve para eliminar quaisquer resquícios de agentes patógenos.
Falando em comida, evite alimentar os peludos com carne crua ou vegetais sujos. O mais apropriado é que eles comam apenas ração, de modo que não sintam tanta vontade de atacar roedores, pombos e insetos.
Ainda assim, felinos são caçadores natos. Às vezes, basta uma saída à rua para que a mascote da casa retorne com um “presentinho” entre os dentes. Como a presa pode estar infectada, convém realizar consultas periódicas com o veterinário.
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Importante: caso a visita de animais indesejados seja frequente, você pode recorrer a soluções como o controle de ratos e o controle de insetos. Esses procedimentos atendem a normas de segurança ambiental e não comprometem o bem-estar dos membros da família – sejam humanos, sejam gatos.
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Ainda, deve-se higienizar a caixa d’água pelo menos a cada seis meses. Como o reservatório pode conter protozoários nocivos à saúde, é importantíssimo fazer a devida desinfecção do equipamento.
Por fim, você ainda pode reforça a saúde do seu ambiente com os serviços de sanitização. O processo elimina mofo, fungos, ácaros, bactérias, vírus e outros microrganismos que podem desencadear doenças ou abalar o sistema imunológico das pessoas.
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